Resenha de "Atlântida - o Gene" (A. G. Riddle)

Título: Atlântida - O gene
Autor: A. G. Riddle
Editora: GloboAlt
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Sinopse: Em uma expedição na costa da Antártida, pesquisadores encontram uma misteriosa estrutura enterrada em um iceberg. A milhares de quilômetros dali, na Indonésia, a Dra. Kate Warner pesquisa a cura para o autismo em crianças através de experiências genéticas. Quando essas crianças são sequestradas, um agente de segurança altamente habilitado, acredita ter encontrado uma ligação entre esses dois fatos e busca desvendar uma conspiração global que ameaça toda a humanidade.



Sempre gostei da história de Atlântida. E apesar de termos uma ou outra obra sobre o assunto, tanto literária quanto cinematográfica, jamais achei que fosse suficiente. Tem tanta coisa para explorar... O tema pede mais. Muito mais. E acho que foi isso o que o autor tentou fazer com esse livro. Fez tanto que as vezes eu precisava voltar páginas para reler certas passagens, de tão perdida que estava. Mas isso em nada tirou o mérito dele, pelo contrário. 

Não tenho como explicar muito bem esse livro. Ele é confuso porque tem diversos elementos que são importantes. Por exemplo, ele trabalha a parte biológica, física e arqueológica em cima da ideia de Atlântida. E acho que vai além disso, porque se refere a acontecimentos anteriores a ideia de Atlântida em si, mas que tem tanta lógica na explicação que me peguei pensando o quanto de realidade há nessas informações. 

Também não consigo explicar o que acontece nele. Dar uma pequena sinopse aqui pode ser muito.  Basta vocês saberem que existe essa cientista, Kate, que dirige um centro de estudos sobre o autismo. E também temos David, um policial da CIA que está em uma missão secreta. Os destinos deles se cruzam por conta de eventos relacionados as duas coisas que eles trabalham. E ai que esse livro começa a enlouquecer. 

Não me entendam mal quando falo em enlouquecer, isso não é uma crítica, pela menos não de minha parte. Pessoalmente eu morria de rir quando o autor jogava um problema X, dentro de um problema Y. Não parava de pensar que o cara era muito pirado, ou um completo gênio. Incrível como as duas coisas podem ter uma ligação singular. O fato é que as vezes a quantidade de informações pode confundir o leitor. Diversos momentos eu voltei páginas porque me perdia, então isso pode, sim, ser um impedimento para alguém que está lendo. 

Eu amo arqueologia e história. Então ler, nem que seja um pouco, sobre essa cidade me deixa eufórica. Preciso confessar que vi muito menos dela do que gostaria, mas acredito que ainda tenha tempo porque, sinto muito para quem não curte, esse livro é o primeiro de uma série. Não sei de quantos, e só entendi que era quando finalizei a leitura e tinham diversas pontas soltas. 

Viagem no tempo, mutações genéticas, história antiga e muita ação. Esses são os ingredientes de Atlântida, o Gene. Eu recomendo para quem curte autores como Dan Brown. Riddle segue uma linha parecida, e sabe fazer com que seja totalmente eficaz. Talvez exagera na eficiência, mas ainda assim eu amei o livro e recomendo.