Resenha de "Quando tudo volta" (John Corey Whaley)

"Encantador"

Sinopse: Cullen Witter leva uma vida sem graça. Trabalha em uma lanchonete, tenta compreender as garotas e não é lá muito sociável. Seu irmão, Gabriel, de 15 anos, costuma ser o centro das atenções por onde passa. Mas Cullen não tem ciúmes dele. Na verdade, ele é o seu maior admirador.
O desaparecimento (ou fuga?) de Gabriel fi ca em segundo plano diante da nova mania da cidade: o pica-pau Lázaro, que todos pensavam estar extinto e que resolveu, aparentemente, ressuscitar por aquelas bandas.
Em meio a uma cidade eufórica por causa de um pássaro que talvez nem exista de verdade, Cullen sofre com a falta do irmão e deseja que os seus sonhos se tornem realidade. E bem rápido.


“Nós. Eu, você, sua mãe, seu pai. Estamos todos aqui, e somos todos boas pessoas. Todos nós vivemos nossa vida e não fazemos mal a ninguém. E estamos aqui, largados neste lugar horrível chamado Terra, para fazer o quê?”  Pag. 146

Enfim, QUANDO TUDO VOLTA ganhou o meu coração, literalmente. Por quê?...


Aos 17 anos, Cullen Witter – não pensem em vampiros – vive no Arkansas com os seus pais e o Gabriel – seu irmão mais novo -, o cara que Cullen admira mais do que qualquer pessoa do mundo, afinal, além de ser popular, Gabriel parece possuir todos os adjetivos que uma pessoa poderia possuir, o que é engraçado nessa historia, pois a gente sempre tende a se espelhar no irmão mais velho, mesmo ele sendo a pessoa mais chata do mundo.

Meio que sem ter pra onde correr, Cullen é “obrigado” a reconhecer o corpo do primo que morreu de overdose e é o responsável por toda aquela coisa de “eu tenho de ser o mais forte”, o que me fez pensar rapidamente: por que sempre achamos que somos forte o bastante quando na real somos os mais vulneráveis?! Enfim...

            Então, numa parte qualquer do continente mora, Benton Sage, um jovem cristão que acredita – ou é a obrigado acreditar, ainda não decidi – que tem um missão neste mundo, que Deus lhe deu essa vida com algum intuito e nesse turbilhão que vira a vida desse cara, ele vai descobrindo que talvez Deus tenha outro destino para ele (a coisa meio que acontece muito rápido quando o assunto é Benton Sage), daí Benton leva uma vida bem ordinária, daquelas bem comum sabe?, tipo, o cara com um futuro brilhante simplesmente despenca para a desgraça e é ai que a coisa realmente começa.

            No meio disso, um tal pica-pau, até então extinto resolve aparecer trazendo grande movimento na cidade, até então meio que parada, digamos assim. Com tanta gente na cidade por conta de um pássaro, acaba que trazendo uma nova tragédia para a família Witter: inesperadamente Gabriel desaparece.

            Há, claro, muitas teorias sobre o desaparecimento de Gabriel, mas Cullen não quer saber delas, apenas do seu irmão. Assim, a família entra em uma busca pelo garoto desaparecido – o Gabriel, a melhor pessoa do mundo!

            Mas o que Cullen, Benton, o pássaro e o Gabriel tem em comum? É essa pequena dúvida que te move em toda a narrativa!

            Olha, eu simplesmente adorei o livro. Primeiro me apaixonei pela capa, então peguei a sinopse pra dá uma lidinha, não gostei, comecei a ler, não gostei, mas depois, sabe lá como decidi que amei QUANDO TUDO VOLTA. A escrita do autor, para mim, foi sensacional, o desfecho do livro, melhor ainda. Confesso que o Benton me confundiu um pouco no inicio, mas nada do que uma boa aprofundada não resolva. O que eu mais gostei foi da amizade verdadeira entre Cullen e Lucas, amigos de verdade, os tais “pau pra toda obra”.

            Não é um suspense, suspense. Enfim. Adorei, sério! Quando terminei de ler eu tive que parar um pouco par rebobinar toda estória, por que, sabe lá como John Corey conseguiu o feito: fazer com que o leitor criasse mil teorias sobre as coisas que acontecem no livro. O fim, bem, achei de puxar o tapete. Só resta agora vocês conferirem!

            Enfim – eu sou o cara que mais fala enfim, credo.