Resenha de "Tentação ao pôr do sol" (Lisa Kleypas)

"Como não gostar?"

Sinopse: Poppy Hathaway está em Londres para sua terceira temporada de eventos sociais. Como nos dois anos anteriores, ela se hospedou com a família no hotel Rutledge. E, como nos dois anos anteriores, tudo indica que retornará a Hampshire sem ter encontrado um pretendente com quem se casar.
Apesar de ser extremamente bonita e gentil, Poppy tem duas grandes desvantagens em relação às outras moças: sua inteligência deixa muitos homens acuados e o fato de vir de uma família tão pouco convencional faz com que os melhores partidos nem sequer a abordem.
Mas o destino a coloca no caminho de Harry Rutledge, um homem de passado triste, que venceu na vida por conta própria e aprendeu a encarar tudo como um negócio. O dono do hotel não ama ninguém, confia em poucos e manipula todos. Porém, mesmo sendo tudo o que Poppy nunca almejou, ela não pode negar o fascínio que sente por ele.
Quando Harry conhece Poppy, é tomado pelo desejo. Ele imediatamente tem a certeza de que a jovem será sua – e, para o bem ou para o mal, não mede esforços para que isso aconteça.
Mas fascínio e desejo não serão suficientes para construir sua história, sobretudo quando uma traição põe em jogo as bases do relacionamento. Agora, é entre quatro paredes que eles tentarão resolver problemas e anular diferenças, num romance sensual em que seu futuro juntos pode mudar a cada toque, cada encontro, cada descoberta. (SKOOB)


Sou MUITO vidrada em romance de época. Parece que as autoras atuais estão conseguindo mesclar a beleza e poesia da história e do romance, com a malícia moderna. Confesso que é um ponto bem positivo a respeito desse livro. Gosto de revisitar o passado sabendo que as pessoas nunca tiveram pudores exagerados quando se tratava de luxúria. rsrs


Estava numa fase meio complicada quando o li, mas ainda assim terminei a leitura em algumas horas. O bom desse tipo de livro é que ele não pede um tempo muito grande para pensar, então você lê como quem bebe água. 

Tentação ao pôr do sol conta a história da Poppy, uma das irmãs Hathaways. Como não li os demais livros da série, não posso dizer como foi a construção das outras protagonistas, mas gostei bastante dessa. Na verdade Poppy já veio totalmente montada para os olhos do leitor. Ela tem opiniões fortes e conversa com homens facilmente entendendo sobre política, economia e geografia mundial. Entende muito de muita coisa e é bastante intrometida, só percebendo o tamanho da sua intromissão quando já abriu a boca e afastou os pretendentes, que sempre escolhem esposas dóceis, e não mulheres falantes e expansivas. 

Poppy esta apaixonada e pronta para casar com um bom pretendente. Acontece que ela pertence a uma família bem incomum, o que causa estranheza e afastamento das pessoas da cidade. Suas duas irmãs mais velhas são casadas com ciganos. O irmão é galinha até dizer chega e a irmã menor tem mais animais em casa do que em todo o zoológico. Ela parece ser a mais sensata, e se você analisar todos os Hathaways, ela realmente é a mais sensata. 

E é ai que Harry entra na sua vida, e já vou dizendo que o cara ganhou uma fã incondicional. 
A autora criou um personagem que eu mesma amaria ter criado. Ele e forte, grosso, perigoso e altamente sexy. Com Harry não existe essa coisa de blá blá blá da conquista. Ele quer alguma coisa, faz qualquer maldade para conseguir tê-la. Não faz de conta que é um mocinho respeitoso e faz questão que as pessoas saibam disso. É cheio dos inimigos e tem problemas sérios com relacionamentos de modo geral. 

No caso de Harry, os motivos de seu isolamento são altamente plausíveis. Eu, enquanto leitora, acreditei piamente na estrutura emocional do personagem. Diferente de outro livro na mesma categoria que li e não conseguia ver lógica nos motivos do mocinho. Aqui eu compreendo Harry, e até acho muito deliciosa essa ideia dele ser perigoso, ter ciência disso e não mentir sobre esse assunto para ninguém, nem para Poppy, que é a pessoa que ele quer atingir. 

Os termos do casamento deles foi meio estranho, visto que Harry é um exímio negociante e Poppy não o amava. É uma relação onde as coisas vão se construindo aos poucos, de modo sincero e delicado. As personalidades dos dois contrastam bastante, o que torna a leitura fascinante. Eu fiquei presa ao livro tentando ver como a autora resolveria esse enlace, e fiquei bem satisfeita com o resultado. 

Mas Carol, se você gostou tanto do livro, porque tirou uma estrela dele? É uma boa pergunta. 
Alguma coisa me incomodou durante a leitura, e não saberia dizer exatamente do que se trata. Acho que é muito da coisa de uma autora criar uma família imensa e ter que inventar enredos de livros completos para todos eles. Em algum momento a história vai ficar meio maçante, como se ela estivesse querendo encher linguiça. Isso aconteceu com esse livro, e por muitos momentos. 

Também não entendi o título do livro. Acho que um título tem que combinar com o livro, e em momento nenhum eu achei alguma referência sobre esse "pôr do sol" da capa. Claro que isso não muda em nada a delícia que foi ler esse livro, mas me incomodou um pouco. 

Vocês lembram de quando a Arqueiro lançou os três primeiros romances de época? Pois é. 
Já tive contato com a escrita das três autoras. Adoro a série dos Bridgerstons! Achei uma delícia a escrita da autora dos Hathaways, sem contar os personagens bem trabalhados. Mas minha predileta ainda continua sendo a série dos Rothwell, mas dela eu venho falar uma outra hora. 

Então deixo a dica da leitura para quem gosta de romances de época. Não li os outros dois livros que a editora lançou dessa série, e não afetou muito minha leitura, então acho que vocês podem ler tranquilamente. 







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