Elysium (Filme)

"Que surpresa maravilhosa!"

Sinopse: 

Não recomendado para menores de 16 anos 

Em 2159, o mundo é dividido entre dois grupos: o primeiro, riquíssimo, mora na estação espacial Elysium, enquanto o segundo, pobre, vive na Terra, repleta de pessoas e em grande decadência. Por um lado, a secretária do governo Rhodes (Jodie Foster) faz de tudo para preservar o estilo de vida luxuoso de Elysium, por outro, um pobre cidadão da Terra (Matt Damon) tenta um plano ousado para trazer de volta a igualdade entre as pessoas. (AdoroCinema)




Falou em distopia e vocês já sabem que entro em colapso de ansiedade. Seja uma distopia em livro, ou um filme distópico. Acho que a mensagem deve ser a mesma independente de onde venha. 

Elysium foi uma surpresa mega agradável para mim. Seja pelas atuações tão mescladas ou pelo roteiro simples, sem complicações e bem conduzido. O fato é que esse filme de um diretor pouco conhecido me conquistou facilmente! Acredito que o Brasil em peso vai se sentir muito feliz com as atuações nele. 

Elysium é uma "comunidade" construida fora do planeta para as pessoas que tem dinheiro. Motivo? A Terra esta se destruindo. Já não há espaço verde o suficiente e a sobrevivência é bem complicada. Elysium tem tudo do bom e do melhor, inclusive uma máquina super potente que cura qualquer tipo de doença que as pessoas tenham. Só que o acesso é restrito aos moradores do lugar. Ou seja, a galera aqui na Terra só se lasca!

E é nessa Terra complicada de se viver que Max vive. Desde criança ele tem vontade de ir para a tal estação. Mas logicamente ele é pobre demais pra isso. Mas mesmo sendo um ex presidiário e ainda em condicional, Max está tranquilo com isso, até que um acidente de trabalho o força a ir para Elysium, e ai a trama se desenrola. 

Ok, minhas reclamações são bem poucas. Primeiro, esse romance/ amizade entre ele a tal da Frey era desnecessário, no meu ver. Para mim bastava a luta do pobre Max para chegar em Elysium. Só isso tinha vendido o filme para mim. 
Outra coisa foi o final. Apesar de poético ao extremo e até bem conclusivo, me senti abalada, como se alguma coisa ainda precisasse ser feita, entende? É como se o que eles fizeram durante o filme tivesse a mesma facilidade de ser revertido como teve da primeira vez. Vocês entenderão melhor quando assistirem. 

As atuaçãos são DIVINAS!
Ok, gente, nada digna de Oscar, mas elas são eficientes dentro do gênero do filme. 
Matt está ótimo atuando! Jodie sempre foi sensacional, e como vilã e de aparição pouca, ela dá show em cena! E o que dizer de Wagner Moura ganhando o mundo? CARACA!! Milhões de beijos para ele por esse filme! Ele vive uma espécie de traficante muito do convicente e até cheio de escrúpulos. Na verdade, ele é um anti-heroi na história, e dos bons!

O filme tem atores mesclados entre os latinos e americanos. Achei isso bem legal porque metade do filme foi gravado no México, e era uma forma de dizer que com a destruição do mundo, as pessoas estariam se aproximando umas das outras. 

Elysium é um filme simples, com um roteiro simples pra caramba, mas de uma mensagem gratificantemente boa! Existe muito da coisa de dizer que os ricos tem um poder absurdamente forte pelo simples fato de ter mais pedaços de papel do que outras pessoas. O valor do ser humano é real demais nesse filme! Como se fosse realmente necessário um desastre no mundo para que as pessoas percebam o valor que realmente tem. A personagem da Jodie Foster é uma secretaria de defesa de Elysium, e ela é a maior representante disso. Os valores dela são reais demais para ela mesmo, e até que se você olhar pelo ponto de vista da personagem, para você também será. Mas quando nos colocamos pelo ponto das pessoas na Terra, putz... Não existe comparação. 

É uma distopia com cara de ficção científica? Sim! Mas também é uma distopia para se pensar no próximo e, por consequência, pensar em nós mesmos em relação a isso. 

Fica a dica para quem gosta de filmes desse tipo!