O Grande Gatsby {O Filme}

É hora de cinema!!


Sinopse: Nick Carraway (Tobey Maguire) tinha um grande fascínio por seu vizinho, o misterioso Jay Gatsby (Leonardo DiCaprio). Após ser convidado pelo milionário para uma festa incrível, o relacionamento de ambos torna-se uma forte amizade. Quando Nick descobre que seu amigo tem uma antiga paixão por sua prima Daisy Buchanan (Carey Mulligan), ele resolve reaproximar os dois, esquecendo o fato dela ser casada com seu velho amigo dos tempos de faculdade, o também endinheirado Tom Buchanan (Joel Edgerton). Agora, o conflito está armado e as consequências serão trágicas.





  

É bem complicado julgar um filme desse tipo, porque como qualquer outro filme para pensar, ele agrada alguns pessoas bem menos do que deveria, e a outras muito mais do que pensava-se em agradar de início. 

Assisti Gatsby sem grandes expectativas, justamente porque a maioria das críticas cinematográficas acerca do filme não foram muito positivas. E confesso que ele talvez não tenha sido o que as pessoas esperavam dele, talvez nem eu própria, mas ele certamente foi melhor do que o livro, em muitos aspectos. 



Minha leitura de O Grande Gatsby fluiu muito lenta, até demais. Era um livro curto e não conseguia entender o motivo da minha lerdeza para terminar. Não é um livro cheio de aventuras, pelo menos nada mais do que simplesmente "ser humano". O livro retrata pessoas normais com problemas comuns até demais e com resultados revoltantes talvez, mas prováveis. E o que se queria com o filme além disso? Pois é.

Em menos de cinco minutos assistindo ao filme, me deparei com um cenário e uma modo de fazer cinema bem próprio de um diretor que sou super fã: Baz Luhrmann. Esse magnífico diretor foi o mesmo de Moulin Rouge, que é um dos filmes mais bonitos plasticamente que já assisti. Então, pode crer que O Grande Gatsby será um filme plasticamente belo. Não sei se esse modo próprio de fazer cinema é um coisa boa, ou ruim. Quer dizer que o diretor não sabe fazer diferente, ou é apenas seu estilo particular? Sabe, tipo Spielberg e seus filmes tão "a cara" dele. É como se fosse a assinatura do artista, entende? Mas se um diretor pode ter uma linha de direção, porque o ator tem que ser tão pessoal?


Leonardo Dicaprio é uma peça fundamental nesse filme, apesar dele ser narrado pelo ponto de vista de outro personagem, mas que narra a vida desse ser enigmático que é o Gatsby, vivido pelo Dicaprio. 
Concordo que não seja a melhor atuação dele, mas certamente ele cumpriu o papel que o personagem pedia. Ele era sereno, apaixonado, doce, revoltado, sarcástico e lindo, a medida em que a cena exigia dele. Ele foi um Gatsby muito melhor do que o do livro, e não estou exagerando. 


Os outros atores se dividem em cenas que parecem bobas e de nenhuma utilidade, mas digo que eles foram bem fiéis ao livro, e como no livro, cada cena tem uma importante função do entendimento dramático do enredo. Nunca entendi essa narrativa por um primo distante de Dayse, mas olhando pelo conto de vista de vista do filme, não poderia existir personagem melhor para narrar. 

O filme tem cenas de tirar o fôlego. As festas da casa de Gatsby nunca foram tão doidas e bem feitas na minha cabeça. Ficaram incríveis na visão desse diretor! A trilha sonora é um espetáculo à parte. Com a mistura de músicas modernas em melodias da década de vinte, a coisa se desenrola com perfeição e maestria. Nunca enxerguei Gatsby numa forma tão bonita visualmente como nesse filme. Fotografia e direção de arte de arrepiar. 


Enfim, falando da parte "ruim". Muita gente pode não gostar do roteiro ou da forma como tudo se desenrola. Podem pensar que a história é boba e comum demais, e que talvez tenha sido gasto de dinheiro em demasia num filme que não contribui em nada nas nossas vidas. Bom, você tem sua opinião, eu a minha. 
Talvez não seja o que o livro precisava para ser realmente tão grande, mas foi o que eu precisei para ter um respeito enorme pelo livro, pelo diretor e pelo filme. 

Todos que acompanham a trajetória de Luhrmann, sabem que ele não é um diretor de fazer igual aos outros, e talvez esse filme teria ficado "melhor" na visão de um diretor mais centrado e menos louco. Eu discordo. Acho que ele levou uma magia visual a um roteiro tão difícil de prender no cinema. Então se for para tratar de fatos tão comuns e de formas comuns, que seja de uma plasticidade de outro mundo. Isso ele fez. 


Alguns de vocês vão continuar sem entender o filme, e sem gostar, não posso ir contra isso. Mas eu gostei, excessivamente, gloriosamente, incrivelmente. 

Não poderia ter esperado um Gatsby melhor.