Resenha de "Estilhaça-me" -






Nome: Estilhaça-me
Autor: Tahereh Mafi
Editora: Novo conceito
Número de pág: 304








Sinopse (SKOOB)

Juliette não toca alguém a exatamente 264 dias. A última vez que ela o fez, que foi por acidente, foi presa por assassinato. Ninguém sabe por que o toque de Juliette é fatal. Enquanto ela não fere ninguém, ninguém realmente se importa. O mundo está ocupado demais se desmoronando para se importar com uma menina de 17 anos de idade. Doenças estão acabando com a população, a comida é difícil de encontrar, os pássaros não voam mais, e as nuvens são da cor errada. O Restabelecimento disse que seu caminho era a única maneira de consertar as coisas, então eles jogaram Juliette em uma célula. Agora muitas pessoas estão mortas, os sobreviventes estão sussurrando guerra – e o Restabelecimento mudou sua mente. Talvez Juliette é mais do que uma alma torturada de pelúcia em um corpo venenoso. Talvez ela seja exatamente o que precisamos agora. Juliette tem que fazer uma escolha: ser uma arma. Ou ser um guerreiro.
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Uma das minhas distopias prediletas dos últimos tempos. FATO #

Estilhaça-me tem um começo bem poético relatando os pensamentos suprimidos de uma adolescente de 17 anos que foi trancafiada num manicômio sem muita conversa. Única e exclusivamente porque todos a quem ela tocava morriam de uma forma inexplicável. 
O começo do livro é arrastado, como a vida dela. E ás vezes me senti confusa quanto a loucura dela. Eis então, que para por ação na história ela ganha um novo companheiro de cela: Adam. Lindo e uma lembrança de um passado que ela julgava esquecer. E depois os pensamentos oprimidos da garota passem a ser maiores do que devaneios sobre sua família e pesadelos constantes. Passa a ser motivo de insônia, aquela criatura silenciosa e misteriosa que ocupa a cama ao lado. 
E para poder pular grandes spoilers, temos mais personagens intrigantes e bem construídos mais na frente. Warner é a visão do paraíso com toda a sua crueldade e visão grandiosa de poder. 
E é ai que morro de inveja de Juliette. Adam e seu carisma, Warner e sua maldade deliciosa. (Ai ai literatura!)
Então temos uma personagem lutando contra a própria loucura, num mundo exteriormente arrasado por uma guerra. Com um toque capaz de matar e com dois homens que a querem de qualquer maneira. 
Muita coisa no livro me agrada. A construção de Juliette e de Warner são duas delas. Os pensamentos riscados da protagonista são muito bons. É como se ela pensasse algo que não pudesse pensar. Adorooo
Outra coisa interessante é o mundo no estágio em que se encontra. Me deixou curiosa as poucas coisas que sabemos dele. Mas como o livro faz parte de uma série, fico no aguardo de mais. 
Sobre o Adam, não entendo bem qual é a dele. Mas ainda acho que tem algo de estranho no personagem. Ele não me agradou como os outros, mas o motivo é pura desconfiança. 
O poder do toque de Juliette também é muito legal. Parece com o da vampira do X-man. 
E outra coisa que gostei bastante... O livro é super, mega, ultra sensual. 
Sério gente!
Tinha horas em que parava de ler senão não iria conseguir respirar. (rsrsrs)
A forma que a autora escreve é nova para mim, e foi altamente aceitado por mim. MUITO BOM! Parece que se está lendo um livro de época. E gostei muito disso pela visão de Juliette. 
Enfim, não quero escrever mais por medo de soltar spoilers. 
Achei Estilhaça-me um ótimo livro. O achei adulto, poético, possível e muito gostoso se ler. Me apaixonei pelos personagens e me deixou muito curiosa pela continuação. 
Fico aqui ansiosa esperando por mais Juliette, e Warner e Adam. E desesperada para saber mais dos poderes e do que aconteceu com o mundo. 
Leiam Estilhaça-me e duvido que vocês não se sintam estilhaçados. 

Quotes:

Os animais estavam tão desesperados por comida que estavam dispostos a comer qualquer coisa, e as pessoas estavam tão desesperadas por comida que estavam dispostas a comer animais envenenados. Estávamos nos matando na tentativa de permanecermos vivos. [página: 29]

A esperança é um bolso de possibilidades [ página: 90]

Ele ainda dorme sem camisa e acabo de descobrir que não sei como respirar. Acabo de perceber que nunca irei soltar o ar em sua presença. [página: 104]